Eternamente

Querido Vampiro

Suavemente adormecida de tua formosa face, hei de o púrpura sugar. Então, hás de estremecer no instante em que te beijar – e qual um vampiro beijar: quando, ao fim, fremir teu corpo e em meus braços desmaiares assim como tomba um morto, então hei de perguntar: minhas lições não superam as de tua mãe bondosa?

Heinrich August Ossenfelder (1748)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Capítulo 6


 Eu entrei na sala calmamente, o ventilado estava ligado e ao passar por ele eu me encolhi de frio, olhei para a minha mesa, Damen Dévon estava lá. Eu caminhei até a mesa e me sentei ao lado de Damen fazendo pouco caso dele estar lá. Ele riu e então eu olhei para ele.
- O que tem tanta graça? - Eu perguntei, eu sei que fui rude mas fiquei com raiva.
- Está incomodada por eu estar sentado ao seu lado.
- Eu não estou - Eu falei me mexendo na cadeira.
- Admita que eu te deixo nervosa - Ele disse se aproximando de mim.
- Você é mesmo metido assim? - Eu virei o meu rosto para ele e o enfrentei, estávamos nos olhando nos olhos.
- Ok turma, chega de bagunça e vamos começar a aula. - O professor disse ao entrar na sala.
Damen riu e se virou para o quadro.
- Podia ser um pouco mais educado, ah não desculpe, pelo tipo de gente que você anda você não deve nem saber o significado dessa palavra.
- Você está falando da Melissa?
- É, estou falando dela.
- Por favor gente, vamos parar com a conversa as nossas avaliações vão começar.
A turma fez um murmuro de desconforto e então eu parei de olhar para Damen e me virei para o quadro que o professo já estava enchendo de tópicos. Passei os dois tempos de aula inteiros se nem ao menos olhar para o lado e quando tocou o sinal eu dei graças a deus que eu teria aula de literatura com Jace. Durante toda a aula de literatura Jace fez piadinhas sobre o professor e sobre Mark Ozarck, o zagueiro do time de futebol do colégio. Depois dos dos tempos de literatura eu tive um de história que infelizmente não era com Jace e tivemos que nos separar.
O sinal tocou, finalmente era a hora do almoço. Saio em disparada para o corredor e eu saio em disparada pela sala e pelo corredor até encontrar Jace.
- E ai como foi a aula?
- Se eu te disser que foi terrivelmente monótona sem você, você acreditaria?
- Eu acreditaria. O que aconteceu com o professor?
- Mudaram ele de sala, eu não pego mais ele. Como foi a prova?
- Eu me ferrei. Vai ao jogo do time da escola sexta?
- Sim.
- E ai Jace? Vamos quebrar com a cara deles no torneio! - Wallace amigo de infância de Jace e mais novo membro do time de futebol do colégio - E ai princesa?
- Oi, Wallace. Eu estou indo pro refeitório, depois a gente se fala.
Eu deixei os dois conversando e me dirigi para o refeitório, ao entrar nele estaquei ao ver a fila imensa que tinha se formado.
- Isso só pode ser brincadeira...
Eu peguei uma bandeja e entrei na fila, depois de um bom tempo na fila esperando a minha vez finalmente peguei o meu hambúrguer e o meu suco, eu fui me sentar no meu local habitual quando vi ele sozinho em uma mesa. Eu me sentei na minha mesa e Jace sentou uns instantes depois, me dando um grande susto.
- E ai gata?
- Para com isso Jace. Cadê o Wallace?
- Tá com o time de futebol.
- Ah, é claro. - O sinal tocou – Ah, droga nem pude comer o meu hambúrguer!
- Vai ter aula de que agora?
- Artes.
- Eu vou para o outro prédio, tenho educação física. Te vejo na saída?
- Eu vou estar lá.
Já estava no segundo tempo de Artes, eu estava a ponto de quebrar o relógio, pois o tempo estava passando muito devagar, principalmente nesse últimos cinco minutos de aula. Eu olhei pela janela e vi as nuvens se formando, eu voltei a olhar para a professora e depois para o relógio.A chuva começou a cair finamente e foi se intensificando. Três, dois, um. Então bate o sina, eu fecho os olhos em agradecimento e me levanto da cadeira, pego a minha bolsa e sigo a multidão que andava lentamente por causa da chuva. Eu resolvi ficar um pouco na porta e não me aventurar no estacionamento enquanto esperava por Jace, a multidão foi diminuindo, eu estava cansando de esperar por Jace, eu olhei para a chuva e resolvi ver se o carro dele estava lá.
Eu sai do abrigo do prédio e comecei a andar pelo estacionamento debaixo da chuva, eu fui até onde Jace tinha estacionado o carro e parei em frente a vaga vazia. Ah fala sério, ele me deu um cano!
Eu comecei a andar em direção ao portão, Jace havia furado comigo e me deixado de baixo da chuva, se eu já estou molhada o que me custa ir para casa andando? Eu sai do estacionamento e comecei a andar pela rua principal, ela estava deserta, tendo em conta que essa rua era usada só pelos alunos, professores e funcionários do colégio. Depois de cinco minutos andando de baixo da chuva na rua principal o SUV de Damon deslisou ao meu lado, acompanhando o ritmo dos meus passos, eu olhei para o lado e a janela abaixou.
- Vem entra no carro. - Eu ouço Damon falando.
Eu paro de andar e Daman para o carro.
- Você acha mesmo que eu vou entrar dentro do seu carro?
- Ah, qual é Ever, entra. Está frio ai fora, se continuar ai vai pegar uma pneumonia, e além disso o carro está quentinho.
- Eu não sei.
- Entre.
Eu entrei dentro do carro e Damon tirou o seu casaco e colocou sobre mim, logo depois aumentando o aquecedor. Damen começou a dirigir
- Seu namorado furou?
- Ele não é meu namorado, é meu amigo.
- Nossa, que amigo!
- Você não pode falar nada, tendo em vista que os seus fingem que você nem existe, eu vi você no refeitório.
- Eu te deixo na defensiva ou você é uma fortaleza?
- Você não me deixa na defensiva.
- Eu te deixo nervosa.
- Para de falar besteira e presta atenção na estrada.
Ele riu. Eu olhei para a estrada, não havia uma viva alma ali. Quando ele entrou na minha rua ele se virou para mim.
- Eu gosto de você Ever, você é divertida.
- Tá tirando uma com a minha cara?
Ele parou o carro em frente a minha casa.
- Vai ficar bem?
- Sim. - Eu falei abrindo a porta do carro.
Eu sai do carro e comecei a correr para a proteção da pequena varanda da casa. Mas eu parei no meio do caminho quando ouvi Damon me chamando.
- Ever?
Eu me virei rapidamente.
- Você é especial.
Então ele arrancou com o carro me deixando confusa debaixo da chuva.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Capítulo 5


Eu tive um sonho, e nesse sonho Jace vinha atrás de mim. Hoje é domingo, apesar de sermos vizinhos não vejo Jace dês de sexta, a verdade é que eu não tenho coragem de olhá-lo nos olhos dês do meu sonho, eu não consigo dormir, eu não sei se estou louca mas

- Oi Ever – Eu ouço a voz de Jace atrás de mim, eu levo um susto, os pelos da minha nuca se levantam, eu fecho o me diário e me viro para ele.
- Oi.
- Eu vim ver como você está.
- Bem, eu estou bem – eu gaguejei.
- Isso é o seu diário?
- Sim.
- Sério? Você ainda tem ele?
- Sim, ainda não joguei ele fora. Ham, por que não vamos lá fora? Você sabe, a minha mãe... eu não quero arranjar problemas.
- É claro.
Nós saímos do meu quarto, descemos as escadas e fomos até o quinta.
- Eu não te vejo dês de sexta-feira, o que aconteceu? - Ele me pergunta enquanto caminhamos pelo quintal.
- Ham, nada, eu acho. É só que ontem tive que ajudar a minha mãe com a faxina da casa e bom hoje estamos aqui. - Menti.
Ele de andar e virou para mim.
- Olha, Jane eu sei que você tem me evitado e se foi pelo beijo me desculpe, eu não quero estragar nossa amizade.
- Ham, não, não foi o beijo sabe, isso foi quinta e... Eu não sei, desculpe, talvez tenha sido o beijo.
- Jane eu não quero estragar a nossa amizade.
- Eu sei, você é o meu melhor amigo.
Ele me abraçou e sussurrou: - É somos amigos.
- Ever? - Eu ouço a voz da minha mãe me chamando.
- Desculpe, eu tenho que ir.
- Tudo bem. - Ele falou desfazendo o nosso abraço.
- Então nos vemos amanhã?
- É, nos vemos amanhã.

[…]

Jane eu não quero estragar a nossa amizade” “Eu sei, você é o meu melhor amigo” “É somos amigos”
- Jane? Jane? Você está no mundo da lua? Você vai se atrasar menina! - Minha mãe falou balançando a mão em frente ao meu rosto.
- Desculpe mãe, eu estava pensando em algumas coisas.
- É, eu sei. Ande logo, Jace já está ai na frente.
- Obrigado mãe, já estou indo.
Eu corri até a sala e peguei a minha bolsa.
- Tchau mãe - Gritei da sala
- Tchau.
Eu fechei a porta e sai correndo pelo quintal até o carro de Jace.
- Oi - Eu falei abrindo a porta do carro e entrando.
- Oi. Parece animada hoje. - Ele falou enquanto eu fechava a porta e clocava o cinto.
- É? Deve ser porque não tenho aula de química.
- Sério?
- Sim, o meu professor tem uma consulta hoje, então, sem química.
- Que sorte! Não quer emprestar um pouco dela para mim?
- Por que?
- Hoje tenho prova de matemática, acho que vou ficar na lista de provas de recuperação.
- Quando vai ser a prova de recuperação?
- Quarta.
- Que tal eu te dar aulas de reforço amanhã?
- Amanhã é terça, os seus pais sempre jantam fora terça.
- Eu sei. Então, aulas de reforço amanha na minha casa?
- Ok, se não for arranjar problemas.
Jace parou o carro então eu percebi que tínhamos chegado, o estacionamento estava lotado como sempre, os outros alunos estavam apoiados em seus carros e conversando animadamente com seus amigos. Eu e Jace saímos do carro e ele jogou o braço sobre o meu ombro e começou a falar sobre o nosso professor de literatura e como ele estava cuspindo mais do que falando quinta passada, eu estava rindo de como Jace estava contando quando vi o SUV preto estacionar a poucos metros de distancia de nós, eu instantaneamente diminui os passos.
- O que foi? - Jace me perguntou.
- Nada - Menti.
De dentro do SUV saiu Damen Dévon e Melissa de Albuquerque, a loira, alta e nojenta líder das poderosas. Damen estava com um óculos de sol e sorriu para Melissa e então passou o braço nos ombros de Melissa do mesmo jeito que Jace havia feito comigo.
- Vamos? - Falei ao perceber que estávamos quase parando.
Ele sorriu para mim e sussurrou no meu ouvido: - Admirando o garoto novo?
Eu podia sentir a sua respiração no meu pescoço e isso de certo modo me fazia cocegas. Eu virei o meu rosto para ele, nossos rostos estavam a poucos centímetros, nossos lábios quase se tocando.
- Não, desprezando.
Ele riu.
- Por causa da loira nojenta?
- É, pela loira nojenta.
- Ela é gostosa.
- Jace! - Eu falei lhe dando um tapa.
- Mas ela não é tanto quanto você.
- Ah, para com isso, tá me deixando sem graça.
- Eu sei - Ele disse rindo.
Eu revirei os olhos e então entramos no prédio do colégio, a minha primeira aula era de biologia e a dele era de matemática então nos separamos assim que o sinal tocou. Lhe desejei boa sorte e entrei na minha sala.

sábado, 19 de novembro de 2011

Meu Blog Pessoal *-*

Pois é gente, tenho um blog oficial e já tenho postado várias coisas lá e esqueci de anuncia-lo aqui!
Quem quiser ir lá é só clicar aqui e para ir diretamente para o post de hoje (sobre o filme Amanhecer parte 1) clique aqui.

domingo, 17 de julho de 2011

Capítulo 4

Eu estava ferrada, sim... Completamente ferrada! Por que?
Eis a lista das rasões pelas quais estou ferrada:

1) Damen  é o meu parceiro de biologia
2) As poderosas me odeiam, apesar de ninguém me achar atraente. (Vamos ignorar Jace, afinal ele é o meu melhor amigo).

3) Tenho teste de educação física
4) Ainda não terminei o meu trabalho de biologia
5) Jace, Jace, Jace e... Jace!

Pois é, o meu melhor amigo está na minha lista... e adivinha?? Ele é um dos meus maiores problemas, mesmo assim coloquei ele em sexto lugar. Sabe aquelas pessoas que ficam protelando até não poder mais? Pois é, eu sou uma delas! Eu tenho que esclarecer as coisas com Jace logo, mas tenho medo de perder a amizade dele.
Jace, Jace, Jace, Jace...   
Argh! Por que ele teve que me beijar? Por que ele fez isso? O que que ele viu em mim? Por que logo o meu melhor amigo? Por que?
- Senhorita Jane gostaria de vir aqui no quadro e explicar para os seus colegas de classe a matéria?
- Não, obrigada... E é Ever, Ever Backer
- Que eu saiba senhorita Ever, o seu nome é Jane Ever Backer.
Fulminei o professor de cauculos por ter me tirado dos meus devaneios e ter me chamado de Jane. Todos sabiam que eu não gostava de ser chamada de Jane! Era Ever, Ever Backer para qualquer um do colégio.
Jace...
Ah, sim... Jace me chamava de Jane de vez em quando... Bom, ele fazia parte do grupinho restrito que podia me chamar de Jane.
Olhei para o rabisco em meu caderno. Estava escrito JEB entre dois corações pequenos. Nesse momento fui tomada por um desejo de ver Jace. Passei os dois tempos de cauculos pensando em Jace e com uma estranha inquietação.
Eu estava com sérios problemas...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Capítulo 3

     Já falei como Preciosa é fria? Já contei que a cidade fica no meio de um cinturão de nevoeiro? Argh! Como é frio aqui!
          Neste momento eu estou no estacionamento encostada no carro de Jace, mesmo depois daquela situação constrangedora eu e ele voltamos a nos falar normalmente... Não tão normal assim... Jace agora está me olhando de um jeito diferente, eu posso sentir isso.
          De repente todas as pessoas do estacionamento se viram para um unico lugar: o portão de entrada. Uma SUV preta deslizava pelo asfalto inpecavel de Preciosa e adentrava o estacionamento da escola. Ela deslizou para uma vaga a dez carros daonde eu estava e cochichos começaram a surgir.
         De dentro da SUV saiu um garoto, as minhas pernas ficaram bambas naquele momento...
         Ele tinha cabelos lisos e pretos que estavam estrategicamente bagunçados, um corpo na medida para sua idade, uma boca encantadora e um olhar sedutor. Ele era perfeito em todos os sentidos. Os seus olhos
verdes claros me fitavam, como se estivesse me decorando. E a cada vez em que seu peito se estufava inspirando o ar, minha respiração era cortada. Parecia que ele me roubava o ar.
        Ele passou por mim e terminou de atravessar o estacionamento, me deixando sem ar.
[...]
        A unica coiza que as garotas conseguiam fazer era falar de Damen Dévon, aquele que me tirou o ar alguns minutos atrás. O pior de tudo é que eu estou balançando a perna - tique nervoso - e com a testa franzida e as poderosas perceberam que eu estava incomodada e começaram a falar mas alto coisas do tipo: Eu peguei a senha numero um hein!, Ele é muito gostoso..., Como esse deus grego ainda não tinha vindo parar aqui?!, Meu pai conhece o pai dele...
       Aprofessora de biologia entra na sala e os alunos se virão para frente, prestando atenção nela.
       - Hoje receberemos um novo alundo na classe, espero que sejem maduros e não o receba com palhaçadas... - Ela falou severamente para os garotos que já preparavam a bolinha de papel com cola (coisa de criança né?).
      Damen Dévon adentrou a sala, e ao olhar os seus olhos novamente, perdi o ar. Seus olhos verdes claros me fitaram como no estacionamento, me examinando.
      - Esse é o Damen Dévon - Yasmim falou - Por favor sente-se na sua nova mesa, ao lado da Ever.
      As poderosas me olharam com raiva. Naquele momento eu lamentei por não ter insistido para que Jace trocasse de horário, ficando junto comigo na aula de biologia tambem.
      O que será de mim agora? - Me perguntei olhando para as poderosas.

Capítulo 2

Março...

Abril...

Maio...
     Acho que estou me acostumando, confesso que no começo eu me sentia meio deslocada o tempo inteiro, mas agora já estou acostumada com essa sensação de deslocamento. Estou agora sentada na tampa do vaso nesse cubículo do banheiro, me escondendo de tudo e de todos. Eu já tinha me acostumado com as brincadeiras das "poderosas", mas dessa vez elas passaram do limite, e eu não fiz nada! Estou toda ensopada, cheirando a coca-cola agora!
     - Princesa, sai dai agora... ninguem vai reir de você! - Falou Jace com aquela voizinha que me irritava. Aqui na escola ninguem ligava quando os garotos entravam no banheiro feminino, com o sugimento das "poderosas" virou rotina isso.
     - Já falei para não me chamar assim... E todo mundo vai rir de mim, de novo! - Falei.
     - Ninguem vai rir de você!
     Sai do cubiculo e fiquei de frente para ele, o encarando sériamente. - Ninguem vai rir?
     Ele soltou uma risadinha. - Ninguem vai rir... Só um pouco...
     - Viu!
     - Eles já riram uma vez, qual a importancia deles rirem outra vez?
     - TODA! - Gritei.
     - Ever... Não faz drama! Está todo mundo dentro de sala de aula, ninguem vai ver! Vamos, eu te levo para casa...
     - Não sei o que faria se eu não tivesse você... - Confecei
     - Você se jogaria do prédio concerteza!
     - Ahh... sem graça! - Mostrei a lingua para ele. Eu sei que eu estava agindo com infantilidade, mas eu não dei a minima.
     Ele olhou sério para mim.
     Eu sorri pra ele e peguei a sua mão. - Vamos, eu não devo estar tão mal assim... só com estrato de tomate na minha blusa e coca-cola no cabelo...
          [...]
     Jace parou o carro e frente a minha casa, naquele momento nossos olhos se encontraram, e passou o dedo na minha bochecha e colocou uma mexa rebelde do meu cabelo atrás da orelha. 
     Eu posso ter certeza que nesse momento eu estou vermelha que nem um tomate. 
     Jace se enclinou mais para perto de mim, eu podia sentir a sua respiração agora. Os seus lábios encostaram nos meus, uma, duas, três vezes. O puxei para mais perto de mim, e ele aprofundou mais o beijo. Nos separamos ofegantes. Eu sentia as minhas bochechas queimarem.
    - Eu... Eu tenho que entrar... - Falei ainda meio ofegante.
     Jace ascentiu, sai do carro com as pernas bambas e me dirigi para dentro de casa.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Capítulo 1



“Nunca é verão aqui!” Meu pai falou quando passamos pela placa avisando que estávamos adentrando a cidade, adentrando a noite fria, adentrando o nevoeiro.
Ainda me lembro muito bem daquele dia fatídico em que tive de deixar todos os meus sonhos para trás, em que tive de jogá-los no lixo. Tudo que eu sonhei está no lixo agora e não tem mais volta.
Em pensar que esse é o meu ultimo dia de férias o meu estômago se embrulha todo, como será a Academia de São Francisco? Meus pais devem está querendo mesmo se livrar de mim, a Academia é um tipo... Tempo integral literalmente! Eu vou ter que morar lá, da para acreditar?
Neste momento estou deitada na grama no quintal, de olhos fechados sentindo o cheiro de ar puro, quase desprovido de poluição, e absorvendo o pouco de vitamina D que as nuvens deixavam passar apenas
- Saia daí, vai chover! – Minha mãe grita da garagem, adentrando o carro para ir trabalhar.
- Sempre chove! – Murmurei baixinho observando as nuvens escuras formarem um desenho.
Olho as nuvens com mais atenção e vejo uma rosa se formar no céu, desvio o olhar e olho novamente, a rosa se fora. O vento soprou preguiçosamente, fazendo o meu cabelo se agitar e alguns fios caírem no meu rosto. Afastei-os do meu rosto e vejo um pingo de chuva cair lentamente ao meu lado na grama. Começou a chover mais intensamente, me levantei do chão e levantei o meu rosto em direção às nuvens escuras. E eu fiquei ali, sentindo a chuva encharcar a minha roupa e lava o meu rosto.
Tenho a sensação de estar sendo vigiada novamente, olho para a floresta do outro lado da rua e não encontro nada, apenas a escuridão que ali morava. Viro de costas para a floresta e começo a caminhar em direção a varanda da minha casa. Ouço um barulho e o olho novamente para a floresta e não encontro nada; viro-me em direção ao quintal do meu vizinho e encontro Jace retirando o cortador de grama da chuva.
 - Hey! Jane...
- Oi... – Acenei para ele. Olho para a minha casa e depois para ele – Huuu... Eu tenho que entrar...
- Oh, sim... E eu tenho que colocar isso na garagem... Então nos vemos amanhã?
- Yeh, nos vemos amanhã!

Jace: O que eu posso dizer sobre Jace além dele ser o meu melhor amigo dês de que me mudei para São Francisco? Hãn... Ele tem 1,75 metros de altura, tem cabelos negros igual carvão e olhos verdes – puxou os olhos da Sra. Auguste, eles são duas esmeraldas brilhantes – gosta de quase tudo que eu gosto, tem pavio longo ou curto certas vezes – depende da situação – e ele é um gato!

Me seco e coloco roupas novas, cheiro o meu cabelo que agora está com cheiro de melão e saio do banheiro indo em direção do quarto. Ligo a televisão e procurei algo para ver na TV. Deixei no canal da Fox onde estava passando a vigésima segunda temporada de Os Simpsons, me deitei na cama e fiquei vendo o seriado até pegar no sono.