Eternamente

Querido Vampiro

Suavemente adormecida de tua formosa face, hei de o púrpura sugar. Então, hás de estremecer no instante em que te beijar – e qual um vampiro beijar: quando, ao fim, fremir teu corpo e em meus braços desmaiares assim como tomba um morto, então hei de perguntar: minhas lições não superam as de tua mãe bondosa?

Heinrich August Ossenfelder (1748)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Capítulo 1



“Nunca é verão aqui!” Meu pai falou quando passamos pela placa avisando que estávamos adentrando a cidade, adentrando a noite fria, adentrando o nevoeiro.
Ainda me lembro muito bem daquele dia fatídico em que tive de deixar todos os meus sonhos para trás, em que tive de jogá-los no lixo. Tudo que eu sonhei está no lixo agora e não tem mais volta.
Em pensar que esse é o meu ultimo dia de férias o meu estômago se embrulha todo, como será a Academia de São Francisco? Meus pais devem está querendo mesmo se livrar de mim, a Academia é um tipo... Tempo integral literalmente! Eu vou ter que morar lá, da para acreditar?
Neste momento estou deitada na grama no quintal, de olhos fechados sentindo o cheiro de ar puro, quase desprovido de poluição, e absorvendo o pouco de vitamina D que as nuvens deixavam passar apenas
- Saia daí, vai chover! – Minha mãe grita da garagem, adentrando o carro para ir trabalhar.
- Sempre chove! – Murmurei baixinho observando as nuvens escuras formarem um desenho.
Olho as nuvens com mais atenção e vejo uma rosa se formar no céu, desvio o olhar e olho novamente, a rosa se fora. O vento soprou preguiçosamente, fazendo o meu cabelo se agitar e alguns fios caírem no meu rosto. Afastei-os do meu rosto e vejo um pingo de chuva cair lentamente ao meu lado na grama. Começou a chover mais intensamente, me levantei do chão e levantei o meu rosto em direção às nuvens escuras. E eu fiquei ali, sentindo a chuva encharcar a minha roupa e lava o meu rosto.
Tenho a sensação de estar sendo vigiada novamente, olho para a floresta do outro lado da rua e não encontro nada, apenas a escuridão que ali morava. Viro de costas para a floresta e começo a caminhar em direção a varanda da minha casa. Ouço um barulho e o olho novamente para a floresta e não encontro nada; viro-me em direção ao quintal do meu vizinho e encontro Jace retirando o cortador de grama da chuva.
 - Hey! Jane...
- Oi... – Acenei para ele. Olho para a minha casa e depois para ele – Huuu... Eu tenho que entrar...
- Oh, sim... E eu tenho que colocar isso na garagem... Então nos vemos amanhã?
- Yeh, nos vemos amanhã!

Jace: O que eu posso dizer sobre Jace além dele ser o meu melhor amigo dês de que me mudei para São Francisco? Hãn... Ele tem 1,75 metros de altura, tem cabelos negros igual carvão e olhos verdes – puxou os olhos da Sra. Auguste, eles são duas esmeraldas brilhantes – gosta de quase tudo que eu gosto, tem pavio longo ou curto certas vezes – depende da situação – e ele é um gato!

Me seco e coloco roupas novas, cheiro o meu cabelo que agora está com cheiro de melão e saio do banheiro indo em direção do quarto. Ligo a televisão e procurei algo para ver na TV. Deixei no canal da Fox onde estava passando a vigésima segunda temporada de Os Simpsons, me deitei na cama e fiquei vendo o seriado até pegar no sono.

Nenhum comentário:

Postar um comentário